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10/MAI/2024

O poder feminino: mulheres dominaram a televisão em 2015

Saiba quais são os segredos por trás do sucesso das mulheres que ocuparam os holofotes este ano

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Publicação:06/12/2015 06:00Atualização:04/12/2015 12:00

 (VALERIE MACON)
 

O ano de 2015 definitavamente foi das mulheres na telinha — e também fora dela. Atrizes se destacaram com performances elogiadas e com discursos e personagens engajadas. A ideia era desconstruir esteriótipos, desde a eterna BBB até a campanha por equiparação de salários, passando por igualdade racial.


Quando subiu ao palco para receber a estatueta do Emmy Awards como melhor atriz por How to get away with murder, Viola Davis fez um discurso que colocou em xeque preconceitos que viveu dentro e fora das telas.


“Na minha mente, eu vejo uma linha. E sobre essa linha que eu vejo campos verdes e flores lindas e belas mulheres brancas com seus braços esticados para fora sobre essa linha. Mas eu não consigo chegar lá, não sei porque. Eu não consigo superar essa linha. Harriet Tubman disse isso em 1800”, citou a atriz, diante de uma plateia em polvorosa.

Emmy engajado

 

 (Reprodução/Internet)


Uma das concorrentes ao Emmy foi Taraji P. Henson, que interpreta a mafiosa Cookie Lyon na série Empire.


A personagem é conhecida por falas impactantes que deram origem a memes na internet, pelo talento inesgotável para argumentação e pela língua ferina.


Não bastasse a postura de chefona, Cookie também se tornou um ícone de moda e chegou a ser comparada a Olivia Pope, elegante protagonista da série Scandal.

 

Interpretada por Kerry Washington, a dona do mais renomado escritório de gerenciamento de crises dos Estados Unidos redefine o significado da palavra “impossível” quando se trata de casos a serem solucionados. E, assim como Annalise e as demais protagonistas, Olívia vive um intenso drama amoroso.


O que essas mulheres têm em comum? São negras, bem-sucedidas, impiedosas. A vida ativa no âmbito profissional, muitas vezes acompanhada de certa frieza e racionalidade extrema que se vê nos esteriótipos masculinos de heróis, encontra o oposto no campo das relações.

Surpresa nos Discursos


 (Comedy Central/Divulgação)


Quebrando esteriótipos de beleza, a humorista, Amy Schumer se destacou por assumir um corpo que não se enquadra no ideal de magreza. Na série Inside Amy Schumer, espécie de reality show descontraído, a comediante faz confissões e opina sobre padrões de comportamento e sobre o papel da mulher na atualidade.


Ainda nas telas norte-americanas, a ex-heroína Jessica Jones se apresentou aos aficionados por séries de tevê em novembro deste ano e conquistou um público que varia de seguidores de Stan Lee, criador da Marvel, a fãs confessos de Gossip girl.

 

Considerada uma das personagens femininas mais marcantes de 2015, Jessica é interpretada por Krysten Ritter, e, à primeira vista, não passa de uma moça comum. O contrariamento desse esteriótipo e a capacidade de surpreender, porém, foram as razões que levaram a série novata ao abraço do público.


Além de ter habilidades sobrenaturais, Jessica carrega o trauma de um estupro e sofre de estresse pós-traumático. Não bastasse, é alcoólatra e vive assombrada pelo passado. A unicidade da personagem consiste na recusa de fazer o papel da super-heroína perfeita que salva o mundo, mas que não tem medo de trocar socos.

Revelações brasileiras


 (Estevam Avellar/TV Globo. Atriz Grazi Massafera )


No Brasil, tivemos algumas mulheres cujas atuações tiveram grande repercussão, como Grazi Massafera, a modelo Larissa da novela Verdades secretas. A ex-BBB, por muito tempo descreditada como atriz, assumiu papéis de pouca relevância desde que entrou no ramo.


Nove personagens depois, Grazi atingiu o auge da carreira de atriz. Como uma modelo de alto potencial que acaba se envolvendo com crack, ela contribuiu para colocar em debate questões de interesse público.


A atuação hipnotizante, “de cabeça, corpo e alma”, como descreveu o autor da novela Walcyr Carrasco, rendeu à paraense não apenas elogios de telespectadores, mas quatro prêmios, incluindo o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA/SP).


A novela Babilônia, apesar dos baixos níveis de audiência, destacou-se pela atuação das atrizes Fernanda Montenegro e Natália Timberg, que assumiram personagens de força simbólica e deram o primeiro beijo lésbico transmitido pela emissora.


Em 16 de março, dia em que foi ao ar a cena, o assunto monopolizou redes sociais como o Twitter e o Facebook. Pouco antes da estreia, Fernanda participou de uma entrevista e afirmou: “Os conservadores vão nos odiar”. Não deu outra.

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