'The americans' retorna com respostas para mistérios da temporada anterior
Seriado acompanha a vida de casal de espiões russos infiltrados nos Estados Unidos

Em uma época na qual o cenário político mundial é caótico, The americans leva o público de volta a um mundo aparentemente preto e branco, onde de um lado estava os Estados Unidos, campeões do capitalismo, e do outro, a União Soviética, a ameaça comunista. No entanto, ao conhecer os espiões russos Elizabeth (Keri Russell, de Felicity) e Philip Jennings (Matthew Rhys, de Brothers and sisters), o telespectador começa a enxergar os diversos tons de cinza que contornavam a guerra fria. Eles não são apenas agentes da KGB, são um casal que acabou de se apaixonar e pai de dois adolescentes tipicamente americanos.
Para Weisberg e Joel Fields, coprodutor executivo, as consequências mais profundas das ações dos Jennings não são políticas, mas sim pessoais. “A história que contamos, apesar do fundo de espionagem, é sobre uma família. Sobre como os filhos crescem e descobrem que os pais não são exatamente aquilo que aparentavam ser”, explica Fields.
Romance
Os produtores acreditam que o sucesso da produção se deve ao romance entre Elizabeth e Philip e a relação dos dois com os filhos Paige e Henry. “Em meio a todas essas cenas de ações e tramas internacionais, o público vê esse homem e essa mulher que foram forçados a se casar se apaixonando de verdade pela primeira vez. É tocante”, afirma Weisberg.
A nova temporada terá a participação especial de Frank Langella, que retorna como Gabriel, supervisor dos protagonistas.
De acordo com os produtores, o personagem ganhará mais destaque na trama e se tornará essencial para a sobrevivência dos espiões. Weisberg é formado em história soviética e trabalhou na CIA durante a década de 1990, foi a partir da sua experiência no mundo da espionagem que a história de The Americans surgiu.
“Para mim, é muito importante que o trabalho de espionagem e o período histórico sejam retratados de maneira fiel. Muito do que o público vê na série — a troca de pacotes, códigos, sedução de funcionários do governo — é como a espionagem funciona no mundo real”, conta.
Algumas das cenas mais fortes da série são as que mostram o treinamento brutal recebido pelos espiões na União Soviética. Ambos passam por abusos sexuais, físicos e são forçados a esquecer a vida que levavam antes de chegar à América. Segundo Weisberg, os melhores espiões eram pessoas extrovertidas, carinhosas e carismáticas, não necessariamente as mais fortes ou habilidosas.
“Quando começamos, estávamos em um vácuo. Não sabíamos ao certo como o público reagiria. Afinal, nossos heróis são dois espiões russos lutando para derrubar os Estados Unidos”, afirma Joel Fields.
Em quatro anos, o seriado se tornou uma das principais atrações do canal Fox Action Brasil, além de ter conquistado um lugar entre as produções mais aclamadas pela crítica internacional. Para quem não conhece a série, as duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix.
Amor além da tela
A química entre os espiões não parou na telinha. Logo no primeiro ano de produção, Keri Russell e Matthew Rhys começaram a namorar e, em janeiro, foi divulgado que a atriz está grávida do primeiro filho do casal. Segundo a produção, a gravidez não alterou o rumo da série. “Nós só ficamos muito felizes por eles”, afirmou Joe Weisberg.
Serviço
The americans Fox Action Brasil e na Fox play.
Estreia, à 0h30, em 16 de março (na madrugada de terça para quarta). Não recomendado para menores de 16 anos.