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26/ABR/2024

Frida Kahlo e Sylvia Plath revivem em diálogo imaginário no espetáculos Musas

Em cartaz no Teatro Brasil 21, o espetáculo Musas propõe diálogo imaginário entre as artistas Frida Kahlo e Sylvia Plath

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Publicação:09/08/2013 06:10Atualização:08/08/2013 15:57
A dor da vida e da arte de Kahlo e Plath: influência de dramas pessoais (Paula Kossatz/Divulgação)
A dor da vida e da arte de Kahlo e Plath: influência de dramas pessoais
Aos 18 anos, Frida Kahlo sofreu um acidente que a manteve presa sob um colete de gesso por toda a vida. Depois de meses imobilizada, começou a pintar. Envolveu-se em uma história de amor conturbada com Diego Rivera, devido aos vários casos de infidelidade do marido. Foi traída inclusive pela própria irmã, com quem Diego teve seis filhos. Sylvia Plath perdeu o pai precocemente. Casou-se com o poeta inglês Ted Hughes e, até ser abandonada por ele, viveu à sombra dele. Não tão resiliente quanto Frida, sofreu por amor até cometer suicídio.

Embora não sejam contemporâneas, — Frida tinha 25 anos quando Sylvia nasceu —, ambas transformaram seus dramas pessoais em arte e conquistaram prestígio internacional. Em uma produção densa e confessional, a peça Musas, que estreia na sexta (9) no Teatro Brasil 21, revela como seria um encontro das duas, que se atraem pelos opostos.

Em Musas, dirigida por Marcelo Morato, Marcelle Sampaio é Frida Kahlo e Gaby de Saboia, Sylvia Plath. As artistas retratadas fizeram das artes visuais e da literatura uma válvula de escape. Foi a maneira encontrada por elas de esquecer a tristeza e a depressão. Apesar disso, o diretor afirma que a peça não analisa o trabalho de ambas ou descreve suas vidas. Morato se manteve fiel ao texto original, escrito em 1983 pelo venezuelano Nestor Caballero e apresentado em vários países latino-americanos. Em Brasília, o espetáculo será encenado pela primeira vez. “O texto não conta histórias em ordem cronológica. Ele as coloca em território neutro e de encontro”, antecipa o diretor.

A atriz Marcelle Sampaio vê algumas proximidades entre a pintora e a escritora. “Mais do que as relações amorosas, a Frida tinha um desejo de conseguir fazer com que ela, enquanto mulher, pudesse estar plena. Não só como amante do seu marido, mas como profissional, artista e mãe. A Sylvia também tinha esse sentimento muito forte.”

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