Desde o início da semana e até o fim do mês, Brasília respira essencialmente teatro no âmbito cultural. O tradicional Cena Contemporânea, que celebra 20 anos de história este ano, ocupa os palcos do Distrito Federal (pelo menos aqueles que não estão fechados) com espetáculos vindos de várias partes do Brasil e de sete países.

Entre hoje e domingo, o espectador tem uma bela mostra da programação do evento. A começar pela derradeira apresentação de Salina (A última vértebra), da companhia carioca Amok Teatro. Com mais de três horas de duração, o espetáculo traz à tona matizes africanas e os elementos da cultura afro-brasileira. A apresentação será na Sala Plínio Marcos, na Funarte (Eixo Monumental).

Olhar local

Amanhã, estreia um dos mais aguardados trabalhos desta edição, Isso te interessa?, da sempre elogiada Companhia Brasileira de Teatro. No enredo, uma trama familiar envolvendo quatro gerações. A peça do grupo curitibano vem acumulando os principais prêmios de teatro do país.

O Cena também serve como vitrine para o melhor da produção local, cuja qualidade está à altura das expressões nacionais e internacionais. Peças badaladas, que tiveram concorridas temporadas, voltam aos palcos, como Desbunde (domingo, no Teatro Dulcina), de Julianna Drummond, e Quando o coração transborda (amanhã, no Centro Comunitário Zilda Arns), um retrato delicado e emotivo sobre a relação de um pai e uma filha. No caso, a atriz Maíra de Carvalho relembra e homenageia o pai, Ary Pára-Raios, fundador do Esquadrão da Vida e um dos mais queridos artistas da cidade.

Entre as atrações internacionais, há os espanhóis do Matarile Teatro aparecem com Staying alive (amanhã e domingo, no Teatro Sesc Garagem). Essas são apenas algumas opções para um fim de semana pautado pelo teatro. Ao todo, serão 18 apresentações ao longo dos próximos três dias.

Cena Contemporânea
Até 30 de agosto, nos principais palcos do DF. Programação completa no site do Divirta-se Mais (http://df.divirtasemais.com.br/). Assinantes do Correio pagam meia.