Brasília-DF,
25/ABR/2024

Humor com jornalismo: CQC aposta em Dan Stulbach para recuperar audiência

O ex-ator global dividirá a bancada com Marco Luque e Rafael Cortez

Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar
Publicação:08/03/2015 06:08Atualização:06/03/2015 12:40
Nova bancada da atração tem Rafael Cortez, Dan Stulbach e Marco Luque
 (Facebook.com/Reprodução da Internet)
Nova bancada da atração tem Rafael Cortez, Dan Stulbach e Marco Luque
A temporada 2015 do CQC estreia, amanhã, às 22h45, na Band. A nova fase do programa representa a maior mudança da atração, que completa oito anos no ar. A principal alteração é a substituição de Marcelo Tas por Dan Stulbach no comando do show.

O ex-ator global dividirá a bancada com Marco Luque e Rafael Cortez, que volta ao programa depois de passar um tempo na Record. "A minha expectativa, assim como a das pessoas que me abordam nas ruas perguntando sobre a nova temporada, é enorme", afirma Stulbach, que nunca esteve em um programa do formato.

Outros dois novos repórteres vão se juntar à equipe, Erick Krominski e Juliano Dip trabalharão com os veteranos Maurício Meirelles e Lucas Salles. Serão sete quadros fixos: Proteste já, CQTeste, SAC, Choque de realidade, Simuladores, Serviço de atendimento para famosos solteiros e Desafio dos novos repórteres.

O programa , que vai ao ar toda segunda-feira, continuará misturando informação com comédia. Política, romance e recordes figurarão entre os assuntos abordados à la CQC, na tentativa de resgatar a audiência perdida.

O cara!
Nascido em São Paulo, o descendente de poloneses é formado em comunicação social, mas decidiu se dedicar ao teatro ainda durante a faculdade e, depois, à televisão. Seu primeiro papel em novelas foi em O amor está no ar (1997), mesmo ano em que participou do primeiro filme, Cronicamente inviável. Em 2010, ele se arriscou na apresentação da temporada de verão do programa Saia Justa. No fim de 2014, depois da saída de Marcelo Tas, Stulbach assinou contrato com a Band para apresentar o CQC.

Para fugir da crise

Segunda dados do Ibope, na despedida de Tas, em dezembro do ano passado, o CQC acabou marcando sua pior audiência desde a estreia do programa, em 17 de março de 2008. A atração atingiu 1,8 pontos de audiência.

Confira a entrevista com Dan Stulbach:

A transição de ator para apresentador foi tranquila?

Fiquei surpreso, pois nunca me vi como apresentador. Claro que a gente sempre fica nervoso, pois quer fazer bem. Está na minha personalidade isso: eu me cobro muito, me critico.

A carreira de ator está congelada?

Não, tenho muito prazer em ser ator. Não estou aqui porque deu um bode de ser ator. Estou aqui porque é muito legal.

Você ainda está fazendo a "Hora do Expediente" na rádio CBN?
Estou. Vou ficar na rádio CBN normalmente, o que será um barato. Faço todo dia de manhã e o "Fim de Expediente", sexta-feira, às 18 h.

O rádio lhe ajudou a ser apresentador?
O rádio me ajudou. A Fátima (Bernardes) me chamou para o programa dela por causa do rádio. Ela ouve agente e adora. Isso me trouxe para ser apresentador na televisão, algo que nunca planejei.

Não era um sonho antigo?
Nunca olhei para um programa quando era moleque e disse: "Quero ser o Silvio Santos". Queria ser Paulo Autran, estar na novela e jogar futebol.

O que o rádio lhe deu em termos de habilidade?
O que me trouxe de aprendizado foi a capacidade de síntese e rapidez, que vou utilizar muito no "CQC". Mas no rádio é diferente. Luiz Gustavo Medina e José Godoy não são comediantes. Não preciso levantar a bola para eles no programa, é apenas um papo. Tem rapidez, tem espontaneidade, mas é uma conversa.

O rádio lhe deu confiança para vir para o "CQC"? Parece que a proposta foi irrecusável...
A proposta de lá (Globo) também era boa (risos). Acho que agora eles até vão fazer o programa que tinham em mente, mas me deu mais confiança, sim. Tinha gente muito competente (na Globo) que endossava o que eu estava fazendo.

De quanto tempo é o seu contrato com a Band?
Dois anos.

Pesou sair da Globo?
São 12 anos de Globo. De "Mulheres Apaixonadas" (2003) para cá, nunca tinha pisado em outra emissora.Tinha uma ótima relação com a Globo e uma ótima relação pessoal com a Fátima (Bernardes) e com o Boninho (diretor de núcleo). Nesse sentido, não foi fácil. Talvez se eu saísse brigado, tivesse algum problema com alguém, seria mais fácil, mas acho também que me motivo com desafios.

 (Ludovic Carème/Lacoste)
A transição de ator para apresentador foi tranquila?
Fiquei surpreso, pois nunca me vi como apresentador. Claro que a gente sempre fica nervoso, pois querfazer bem. Está na minha personalidade isso: eu me cobro muito, me critico. Não sou tão zen assim.

Você se sentia preparado?
Aprendi uma coisa na minha vida profissional: não serei eu que lhe avisarei que não sou o que você está me falando que sou (risos). Na vida pessoal, às vezes, aviso. Na profissional, deixo rolar. Quando me falaram que queriam que eu substituísse o Marcelo (Tas) no "CQC", pensei: "Acho que essa galera toda não podeestar errada".

Você continua no "Saia Justa"?
Gravei o último "Saia Justa Verão" e recebi um convite para continuar, mas não sei se vai dar. Pelo contrato com a Band, poderia fazer, há uma boa conversação entre as duas partes nesse sentido. Acho que não dará por uma questão de horário e de dia. A gente vai conversar e ver o que dá para fazer. Foi o máximo fazer o "Saia Justa Verão" e, se não der para continuar, paciência.

Tem outros projetos?
Tem filme para estrear no começo do ano que vem. E continuar a peça "Meu Deus!", com a Irene Ravache.Ela vai parar para fazer novela na Globo e a gente vai decidir se vamos substituí-la e continuar em temporada. Em breve, vou dirigir outro espetáculo. Estou em todas as áreas, ganhando um pouquinho em cada uma delas.

A carreira de ator está congelada?
Não, tenho muito prazer em ser ator. Não estou aqui porque deu um bode de ser ator. Estou aqui porqueé muito legal.

Pensa em desenvolver dramaturgia na Band?
Sim, é um desejo meu, agora que eles vão botar uma novela no ar ("Mil e uma Noites"). Falamos de pensar nisso mais para frente. Agora tem de concentrar no "CQC".

Seria positivo?
Tem um monte de roteiro bacana, tem muito ator em São Paulo, que acaba não tendo trabalho. Criar um núcleo seria o máximo. Maravilhoso para mim, bom para Band e para a televisão. Vou batalhar para isso.

Você sairá da bancada do "CQC" para fazer reportagens externas?
Sim, a gente falou sobre isso, de eventualmente sair da bancada e fazer uma entrevista, uma matéria. Talvez não de início, até porque tem muita coisa para o público perceber de cara. Mais para frente, sim.

Chegou a conversar com o Marcelo Tas?
Mandei uma mensagem para ele. Ele foi muito gentil comigo aqui. Sei que eles (Tas e a direção da Band) conversaram sobre a minha vinda. A gente trocou mensagens carinhosamente e talvez tenhamos um encontro pessoal. Até porque eu viajei e ele viajou também. A gente tem carinho e respeito um pelo outro.

Não pediu conselhos a ele, então?
Não pedi dica nem conselho. Talvez a gente faça esse encontro e isso aconteça. O mais importante é que ninguém sacaneou ninguém. A gente tem carinho um pelo outro. O Marcelo queria sair, achava que era o tempo dele, e eu fui convidado e tive vontade de vir. E tudo bem. Ele vai fazer outras coisas e eu vou fazer o meu melhor aqui.

Tem medo de comparações?
Não tenho tanta preocupação porque acho que o que o Marcelo fazia era único. Era o jeito dele. Tenho de achar o meu jeito, senão é loucura.

O que você fez assim que assinou contrato?
Sou muito objetivo. Quis saber como é o programa, quantos são os blocos, quantas vezes a bancada aparece, como isso funciona, se tinha roteiro... Fui ler roteiros, ver todos os "CQC" que pude. Assisti ao "CQC" da Argentina, da Itália. Sou assim. Fiz isso para ter a nítida sensação, na segunda-feira à meia noite, que fiz o meu melhor e o possível.

Você disse que pesaram também questões ideológicas em vir para o "CQC". O que isso significa?
O "CQC" tem uma brincadeira criativa, tem uma cena, mas também tem desejo de melhorar o público, e isso me dá prazer. Por meio da televisão aberta, de algum jeito, podemos influenciar o que está acontecendo no país, ajudar. A gente não fala de política, tira sarro e mostra as idiotices que os políticos fazem porque é prazeroso, mas porque é importante. E, para muita gente, essa é a única notícia que a pessoa verá na semana. Isso me agrada e me satisfaz.

Como foi com a família e com os amigos quando vazou que você seria o novo âncora do "CQC"?
Nunca tanta gente na minha vida me mandou mensagem de boa sorte. Nunca. Gente do além apareceu mandando parabéns com 18 exclamações (risos).

Quais são as suas expectativas?
Surpreender para o bem. Principalmente se tiverem paciência e derem um pouquinho de tempo para a gente. Porque tem acerto que só acontece com o tempo.

Tem ideias para o programa?
Acho que a minha presença e jeito de fazer as coisas já darão uma cara diferente. Contudo, a gente tem algumas ideias novas para trazer ao longo do tempo. Podemos fazer cenas, posso ser um personagem na voltade uma matéria. Inclusive o (Marco) Luque está todo animado com isso.

CQC
Toda segunda-feira, às 22h45, na Band

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.

CINEMA

TODOS OS FILMES [+]

BARES E RESTAURANTES

EVENTOS






OK