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Coluna Favas Contadas faz um tour pela gastronomia na cidade

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Liana Sabo Publicação:28/08/2015 06:11Atualização:28/08/2015 08:55

Várias faces de um menu

 

 Suzana Estela Rocha e Filipe Caetano, donos do Restaurante Legrat Bistrô.  (Rodrigo Nunes/Esp.CB/D.A Press)
Suzana Estela Rocha e Filipe Caetano, donos do Restaurante Legrat Bistrô.
 


Quando o goiano de Hidrolândia Jackson Machado, comerciante de café, precisou dar um upgrade em sua loja Café do Chef, instalada no Bloco A da 108 Norte, contratou o estudante de administração Fillipe Caetano, 24 anos, que já trabalhava no projeto de gestão da UnB. Quatro meses depois de concluir a reestruturação da casa, o jovem recebeu a notícia de que Jackson não queria mais tocar o negócio — mix de restaurante e ponto de venda de cafés premiados.

Ainda com o antigo dono como sócio, o endereço passou para as mãos de Fillipe que, inaugurou a casa em fevereiro, com o nome de Legrat. “A palavra não significa nada, apenas juntei as letras”, explica o restaurateur, que acrescentou Bistrô Cozinha & Varanda ao nome inventado.


O sócio acabou substituído por Susana Estela Rocha, formada em direito, com quem o empresário divide o comando da casa e a responsabilidade pelas escolhas, inclusive do cardápio.


Vermelho picante


A dupla (foto) se prepara para lançar no domingo, 6 de setembro (véspera do feriado), novo menu elaborado pela chef mineira Marlene Mendes Rodrigues (ex-Ilê), no qual há vários destaques, como o tornedor de filé-mignon envolto em presunto de parma ao molho de vinho e cogumelos paris, escoltado por batata recheada de queijo brie (R$ 65,90). Outra novidade será o filé ao molho de frutas vermelhas e pimenta-biquinho com arroz de ervas e castanhas (R$ 48,90), que tem uma pegada picante.

 

Filé Mignon, ao de frutas vermelhas com arroz de erva e castanhas (Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press)
Filé Mignon, ao de frutas vermelhas com arroz de erva e castanhas
 


Algumas opções light sugerem robalo e pescada amarela — o mesmo ingrediente da moqueca servida com pirão, farofa de dendê e arroz para duas pessoas (R$ 98,90) . Bem equilibrado é o prato de salmão acompanhado de arroz-negro e fatias de manga grelhadas (R$ 57,90). Outra atração é o bolinho de bacalhau, frito na farinha de panko — uma delícia!
Festival à noite

 

Nas quartas-feiras, o público feminino pode aproveitar a Quarta Rosé: ao pedir um principal, como o risoto de filé (R$ 34,90) ou o salmão grelhado ao molho de laranja (R$ 31,90), por mais R$ 28,90 as mulheres têm o espumante rosé liberado entre 20h e 22h. “O festival permite que se descubram as receitas mais pedidas para serem mais tarde incorporadas no cardápio regular”, justifica Caetano.


Situado na ponta da quadra, o Legrat oferece 60 dos seus 70 lugares na área externa, onde seis umbrelones brancos protegem do sol as mesas fincadas sobre o gramado. Esse ambiente bucólico pode ser curtido ao longo do dia, pois a cozinha funciona sem interrupção de segunda a sexta, das 12h à meia-noite; sábado, das 11h à meia noite;p e domingo, das 11h às 17h. Telefone: 3222-0021.

Sorvete como arte


Neta de nordestinos, interiorana de Franca (SP), desde menina ela não escondia sua paixão pela culinária brasileira e suas raízes. Quando cresceu, transformou a curiosidade em prática e criou o projeto Sabores do Brasil, que mergulha no resgate das cores, sabores, texturas e aromas. Essa é Ana Luiza Trajano, chef-proprietária do restaurante paulistano Brasil a Gosto, que estará aqui amanhã, fazendo sorvete de frutas nativas, como maracujá, umbu, caju, pitanga, açaí e taperebá.


A apresentação da chef faz parte da mostra Cru: comida, transformação e arte, em cartaz no CCBB, na qual haverá uma performance idealizada pelo artista mexicano radicado em São Paulo Héctor Zamora, e um grupo de percussão com 48 integrantes do Barbatuques. Dispostos em círculos, os músicos irão entoar um mantra de frases curtas que são utilizadas pelos vendedores de sorvete nas ruas mexicanas, como “nieves”, “ricas nieves” e também na utilização de percussões e ritmos.


No fim, o tom monocromático será quebrado pela explosão de cores dos sorvetes que serão despejados em uma grande mesa redonda. Nesse momento, o público será convidado a provar o gelado feito com as mãos, numa comunhão. Com o sugestivo nome de Re vira Volta, a performance terá três sessões: 11h,14h30 e 17h30. No estacionamento, vários food trucks oferecem seus quitutes, como o Ándale Tacos, de inspiração mexicana, que oferece santo milho — espiga assada no char broiler com creme mexicano, queijo cotija e chilli em pó, servida com limão.


Mulher maravilha



Roberta Sudbrack (Renato Neve/Divulgação)
Roberta Sudbrack
Quando a premiação organizada pela revista londrina Restaurant, anunciar os 50 melhores restaurantes da América Latina, em cerimônia de gala, em 23 de setembro, na Cidade do México, pelo menos um lugar de honra estará garantido para o Brasil. O da chef gaúcha Roberta Sudbrack, que receberá na ocasião o troféu Veuve Clicquot de Melhor Chef Mulher da América Latina em 2015.

 

Fico particularmente feliz porque, desde que faço parte do júri, tenho indicado Roberta para o ranking, no qual finalmente seu nome foi reconhecido. Ela, que acumula 20 anos à frente das caçarolas, comanda um restaurante homônimo no Rio de Janeiro. Parabéns, chef Roberta!


Nova adega


Com a presença da mãe, Lisandre Werner, que por 10 anos tocou o restaurante Werner, Filés e vinhos na 212 Sul, Ticiane Werner inaugurou dentro da casa que leva o seu nome, na 201 Sul, uma adega de vinhos produzidos no Novo e no Velho Mundo. “Para começar, temos 300 rótulos, que mais tarde serão aumentados”, diz a chef Ticiane.


Para orientar os clientes na escolha da bebida, a adega conta com Eugenio Cue Bueno (foto), sommelier cubano de 24 anos, que chegou à cidade no ano passado ao casar-se com uma brasiliense. Formado em enoturismo e gastroturismo pela Faculdade de Matanzas, Eugenio também é especialista em destilados e charutos.


Ele conta que o primeiro vinho estrangeiro a chegar a Cuba foi da Casa Torres, que é quase um completo catálogo de tudo o que se faz de melhor em termos de vinificação na Espanha. Uma visita a suas instalações, em Vilafranca del Penedés, na Catalunha, não pode faltar no roteiro de bons vinhos.


O vinho é nosso


Se há um segmento que cresceu na crise foi o do vinho brasileiro: quase 5%. Apesar da retração econômica por que passa o país, o setor vitivinícola (incluindo vinhos, sucos, espumantes e outros produtos derivados da uva) registrou aumento de 4,3% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2014. Enquanto isso, a importação caiu 1,9%.


Esses dados deram um novo alento ao projeto Valorização dos Vinhos do Brasil, tocado em parceria pelo Sebrae, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela Abrasel. Na última terça-feira, representantes dos três organismos se reuniram na sede do Sebrae Nacional (605 Sul) para avaliar resultados. “Nossa expectativa é chegar a 2016 com um incremento de até 15% nas vendas”, projeta o presidente do Ibravin, Moacir Mazzarollo.


Duas estratégias estão sendo contempladas: o Movimento Compre do Pequeno Negócio esclarece a população sobre o papel desse segmento — 1,2 mil vinícolas, sendo 90% micro e pequenas — para a economia do país e o treinamento de três mil profissionais de mil estabelecimento de 16 cidades em 14 estados no programa chamado Qualidade na Taça.
Fotos. Rodrigo Nunes/Esp. CB/D.A Press

 

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