Simbolizando sorte e fortuna, comer o nhoque no fim de cada mês vai muito além de uma simples superstição. O preparo é muito semelhante ao das massas simples, como espaguete ou penne. A diferença é que, além de o nhoque ser maciço (e não aberto, como o macarrão), a receita original leva batatas como ingrediente principal. Alguns restaurantes inovam e fazem a iguaria com mandioca, abóbora ou até banana-da-terra.

Uma das possíveis explicações para o surgimento da receita é o preço barato do tubérculo. "Antigamente, existia muita fome. A farinha era cara, e a batata, um carboidrato rapidamente metabolizado. A sensação de saciedade é grande, que era o que se precisava na época", conta o italiano Antonino di Giovanni, à frente da cantina Ninny. Ele também esclarece que a tradição de comer nhoque no dia 29 é mais brasileira do que italiana. "Ela começou com os imigrantes italianos em São Paulo para dar sorte. Em Roma, se come nhoque às quintas", explica.

Para Myriam Carvalho, da Cantina Sanfelice, o importante é que a data acaba unido as pessoas. "Não tem fundo religioso muito forte, mas acaba sendo um atrativo para confraternizar", conta.

No dia 29 de cada mês, é possível encontrar em Brasília a massa preparada em versões especiais, como é o caso da Trattoria do Rosario, que faz uma receita fora do cardápio. Tem quem leve a simpatia a sério e sirva o prato sobre uma nota de dinheiro, ritual recorrente no Unanimità. Se a ideia for reunir os amigos em casa, o comensal pode contar com as massas artesanais do Villapiana ou pedir pelo serviço de entrega do tradicional La Gioconda. Opções não vão faltar, confira!

Ninny
La Gioconda
Restaurante DuoO
Gatto Nero
Unanimità
Cantina Sanfelice
Villapiana Massas Artesanais
Veloce Ristorante
Trattoria Da Rosario