Paralelamente faz reflexão sobre internet e redes sociais nos relacionamentos
O ponto de partida da peça é o encontro de cinco amigos que há tempos não se viam e marcam uma reunião usando uma rede social.
Rebeca Oliveira
Publicação:27/02/2015 07:35
O cruzamento entre técnicas tradicionais e contemporâneas constitui um forte elemento cênico do grupo carioca Brecha Coletivo. Em Paralelamente, a companhia apresenta olhar artístico e subjetivo sobre os relacionamentos modernos e a virtualidade. O ponto de partida é o encontro de cinco amigos que há tempos não se viam e marcam uma reunião usando uma rede social.
“A internet é uma revolução em todos os sentidos, mas, principalmente, na comunicação entre as pessoas. Eu sou parte de uma geração que cresceu sem ela e que viveu essa transição. Queríamos trazer uma visão poética sobre essas mudanças”, explica João Rodrigo Ostrower, que assina a direção do espetáculo ao lado de Lisa Fávero. O objetivo, segundo ele, não é “demonizar” a rede mundial de computadores, mas compreendê-la.
O espetáculo faz parte do projeto de ocupação artística BR-040, inspirado na rodovia que conecta Brasília ao Rio de Janeiro.
Duas perguntas para João Rodrigo Ostrower
A internet é colocada como uma vilã no espetáculo?
Não fazemos julgamentos sobre o que é melhor: o relacionamento presencial ou o real, e, sim, apresentamos o resultado de nosso estudo sobre a comunicação em época de wi-fi e de aplicativos como WhatsApp e Second Life.
O que notaram sobre o conceito de distância hoje em dia?
Ao longo dos anos, os conceitos de espaço e tempo vão se modificando. Nós conversamos e estudamos com vários teóricos, mas essa transição ainda está sendo pensada. Não é possível mensurar como a internet mudou a humanidade em todos os níveis. Tudo isso está em questão em Paralelamente. Testamos alguns procedimentos cênicos interessantes, como o diálogo entre atores que parece acontecer em uma sala de bate-papo. No fim das contas, estamos apenas contando uma história, só damos um tratamento formal diferenciado. Mostramos no corpo e nos espaçamentos cênicos de tempo o que a internet faz com as pessoas.
Nem tão próximos assim: peça discute influência da internet nas relações interpessoais
O cruzamento entre técnicas tradicionais e contemporâneas constitui um forte elemento cênico do grupo carioca Brecha Coletivo. Em Paralelamente, a companhia apresenta olhar artístico e subjetivo sobre os relacionamentos modernos e a virtualidade. O ponto de partida é o encontro de cinco amigos que há tempos não se viam e marcam uma reunião usando uma rede social.
“A internet é uma revolução em todos os sentidos, mas, principalmente, na comunicação entre as pessoas. Eu sou parte de uma geração que cresceu sem ela e que viveu essa transição. Queríamos trazer uma visão poética sobre essas mudanças”, explica João Rodrigo Ostrower, que assina a direção do espetáculo ao lado de Lisa Fávero. O objetivo, segundo ele, não é “demonizar” a rede mundial de computadores, mas compreendê-la.
Saiba mais...
“Pesquisamos como o comportamento virtual pode ser transposto para um encontro físico. Ao escrever um e-mail, há uma proteção por meio do computador, às vezes até pelo anonimato, mas a emoção é a mesma, ainda que o personagem esteja por trás de uma tela”, explica o diretor. - Ludmilla e Banda Luxúria se apresentam na festa Enterro dos ossos
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O espetáculo faz parte do projeto de ocupação artística BR-040, inspirado na rodovia que conecta Brasília ao Rio de Janeiro.
Duas perguntas para João Rodrigo Ostrower
A internet é colocada como uma vilã no espetáculo?
Não fazemos julgamentos sobre o que é melhor: o relacionamento presencial ou o real, e, sim, apresentamos o resultado de nosso estudo sobre a comunicação em época de wi-fi e de aplicativos como WhatsApp e Second Life.
O que notaram sobre o conceito de distância hoje em dia?
Ao longo dos anos, os conceitos de espaço e tempo vão se modificando. Nós conversamos e estudamos com vários teóricos, mas essa transição ainda está sendo pensada. Não é possível mensurar como a internet mudou a humanidade em todos os níveis. Tudo isso está em questão em Paralelamente. Testamos alguns procedimentos cênicos interessantes, como o diálogo entre atores que parece acontecer em uma sala de bate-papo. No fim das contas, estamos apenas contando uma história, só damos um tratamento formal diferenciado. Mostramos no corpo e nos espaçamentos cênicos de tempo o que a internet faz com as pessoas.